sábado, 26 de setembro de 2009

NOVO LIVRO DA COLEÇÃO CLÁSSICOS EM CORDEL

Costa Senna lança Viagem ao Centro da Terra pela coleção Clássicos em Cordel
Além de convidá-los para o lançamento de mais um livro da coleção Clássicos em Cordel, da Editora Nova Alexandria, vou repetir parte do texto que escrevi para a apresentação desta obra que será mais um marco na carreira laboriosa do poeta cearense Costa Senna, aqui parceiro póstumo do grande escritor francês Júlio Verne:Viagem ao Centro da Terra em linguagem de CordelPara quem acha que ficção cientifica e literatura de cordel não combinam, vale citar como exemplo o mais famoso folheto de todos os tempos, o Romance do Pavão Misterioso, escrito por José Camelo de Melo Rezende. Este cordel narra as aventuras do jovem Evangelista, que, a bordo de um aeroplano, o Pavão do título, rapta uma linda condessinha, Creusa, prisioneira do próprio pai, um conde perverso e orgulhoso. A versão poética de Viagem ao centro da Terra se concentra na aventura do trio Lidenbrock, Axel e Hans. Da mesma forma que no romance, Axel é o narrador, ou seja, a história se desenvolve segundo o seu ponto de vista. Na segunda e terceira estrofes, ficamos sabendo que o ponto de partida desta aventura é uma casa localizada numa velha rua de Hamburgo, na Alemanha:Na velha Rua do Rei,Casa número dezenove,Em Hamburgo, na Alemanha,A idéia se desenvolveE, só no final do livro,É que tudo se resolve.Ao cientista LidenbrockEsta casa pertencia.Este voltou apressado,O porquê ninguém sabia.Vamos tentar descobrirO que meu tio sentia.Após uma discussão entre Axel e o tio, é encontrado o já citado pergaminho que possibilitará a Viagem do titulo:No desenrolar do achado,A cena foi nos contendo.A gente não acreditavaNaquilo que estava vendo:Símbolos incompreensíveisNele foram aparecendo.O amor de Axel por Grauben, sua noiva, também mereceu destaque nesta adaptação:Grauben era minha noivaE a primeira namorada,Toda cidade queriaVê-la comigo casada.Nosso casamento estavaCom a data já marcada.A verdade é que, nos momentos mais difíceis da expedição, a lembrança da amada realimenta em Axel a esperança de sucesso, mesmo quando tudo parecia estar perdido. Ao final, superados todos os desafios, o poeta deixa claro que os sonhos só não se realizam para aqueles que deixaram de sonhar

AO MESTRE PORFÍRIO

AO MESTRE ALBERTO PORFÍRIO Autor: Klévisson Viana Artista como Porfírio Não nascerá mais nenhum Com seu talento incomum Tinha a pureza do lírio Sofreu amor e martírio Como todo menestrel Mas sendo à arte fiel Tinha talento de sobra Morre o homem, fica a obra Gravada em pedra e papel. Lapidou versos na rocha Fez esculturas nos versos Rompeu vários universos Empunhando a sua tocha Como a flor que desabrocha Seu estro de menestrel Tinha a doçura do mel Um gigante da palavra Morre o homem fica a lavra Gravada em pedra e papel. Foi repentista inspirado No verso foi professor Seguiu sempre com amor Tendo a viola de lado Cantou bem, foi respeitado Foi gigante do cordel Ganhou palmas e laurel No Nordeste em toda parte Morre o homem fica a arte Gravada em pedra e papel. Vá em paz, meu bom poeta Nessa nova caminhada E lá na mansão sagrada Onde a alma se completa Jesus, o maior profeta Lhe abrace com São Miguel... E que o trono de Emanuel Lhe dê amável acolhida Morre o homem fica a vida Gravada em pedra e papel. Seja mais um passarinho No pomar do Criador Castro Alves, o Condor Seguiu no mesmo caminho Aderaldo, Canhotinho... E todo bom menestrel Que contemplando o vergel Escreve para os ateus Que o poeta é a voz de Deus Gravada em pedra e papel.
Postado por Marco Haurélio às 09:10
Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

Alberto Porfírio, gênio da poesia popular
Recebi, do poeta e amigo Arievaldo Viana, correio eletrônico que noticiava a morte do mestre Alberto Porfírio, dos maiores criadores que a musa cabocla engendrou.Reproduzo, abaixo, o texto de Arievaldo e envio condolências à família do mestre.Fui informado ainda pouco, por minha cunhada Dulcimar, sobre o falecimento do poeta ALBERTO PORFÍRIO, grande expoente da poesia popular cearense.Alberto era autor do livro "POETAS POPULARES E CANTADORES DO CEARÁ", publicado em 1978, um dos primeiros livros que li em minha vida e que muito influenciou a minha forma de escrever e declamar.Seus poemas mais famosos são "A estátua do Jorge", "Cantiga da Dorinha", "Eu gostei mais foi do Cão", "No tempo da lamparina" e "Porque não aprendi a ler". Escreveu também um livro de sonetos e outro sobre as noites de viola da Casa de Juvenal Galeno. Cordelista inspirado, é autor de vários folhetos, muitos deles publicados pela Tupynanquim Editora, de Klévisson Viana. Figura amada e respeitada no meio da cantoria e do cordel, nunca teve o seu talento reconhecido pela mídia, apesar de ter uma verve tão inspirada quanto a de Patativa do Assaré.Repasso para os amigos um pouco de sua biografia, conforme pude pesquisar na internet.Façamos uma justa e derradeira homenagem a esse GÊNIO da poesia sertaneja.ALBERTO PORFÍRIO (1)Alberto Porfírio da Silva é poeta popular, xilógrafo e escultor. Nasceu no município cearense de Quixadá, em 23 de dezembro de 1926. Estudou depois de idoso, quando as condições lhe permitiram e é professor licenciado pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Como cantador-repentista, recebeu das mãos da Condessa Pereira Carneiro, do Jornal do Brasil, uma menção honrosa especial. Ministrou cursos de cantoria pelo rádio, publicou o livro "Poetas Populares e Cantadores do Ceará" e quase uma centena de folhetos de cordel. Tem seu nome reconhecido internacionalmente através da enciclopédia francesa Delta Larousse.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

14ª PRIMAVERA DOS LIVROS

quinta-feira, 10 de setembro de 2009Home Quem Somos Diretoria Fale com a Libre




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APOIO APRESENTAÇÃORELEASE OFICIALPROGRAMAÇÃO ADULTAPROGRAMAÇÃO INFANTILIMPRENSAPROFESSOR(INSCRIÇÃO)
PROGRAMAÇÃO CULTURALPrimavera dos Livros 2009 São Paulo10 a 13 de setembro - Centro Cultural São Paulo
SÁBADO, dia 12
10h30 - 12hLANÇAMENTOBrincar é PrecisoMarilena Flores Martins, Editora EvoluirA autora é presidente da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar, e busca, com essa publicação, compartilhar com mães, pais, educadores e cidadãos conscientes reflexões sobre a criança, seu desenvolvimento e seu direito às brincadeiras, à alegria e à vida. Também sugerir práticas para implementar esse direito.
11h30 - 13hMESA 1MONTEIRO LOBATO, O EDITOR DO BRASILMarisa Lajolo
14 horasLANÇAMENTORoteiro para um curso sobre a história das idéias politicas no Brasil e no mundoRoberto Saturnino Braga, Editora Publisher Brasil e Fundação Perseu AbramoMais que um panorama histórico sobre a evolução do pensamento político, Saturnino Braga - ex-senador do RJ, com mais 4 décadas de vida política - analisa, em novo livro, as transformações da ética e da democracia tendo em vista a busca pelo ideal de aperfeiçoamento moral humano.
14h30 - 16hMESA 2CORDEL, O BRINCAR DE RIMASTrês respeitados e importantes cordelistas da cena poéticaacional debatem suas experiências com a publicação do cordel e seus formatos atuais. Pela Nova Alexandria, João Gomes de Sá fala da transposição do clássico de Victor Hugo, O corcunda de Notre Dame, para o universo rimado do cordel. Como se deu a passagem e, sobretudo, qual o valor de apresentar um clássico universal adaptado sem perder o essencial da história. Pela Duna Dueto Editora, Moreira de Acopiara fala sobre Cordel em arte e versos, livro que mostra um pouco da história do cordel e da xilogravura, e recita poemas de sua autoria.A mediação da mesa fica por conta de Marco Haurélio, autor de inúmeros livros em cordel, incluindo a Megera Domada da Editora Nova Alexandria.
15h - 16h30MESA 3O QUE SE LÊ NA PERIFERIA DE SÃO PAULOA experiência de Mário de Andrade, inaugurada na capital paulistana na década de 30, de levar um ônibus-biblioteca às periferias das cidades, ampliou-se por meio da iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e da Libre - Liga Brasileira de Editoras, responsável pela realização de uma oficina por mês, em cada um dos 28 roteiros e bairros cobertos pelo projeto. Os números são surpreendentes e superam o movimento de qualquer biblioteca física, despertando-nos para a questão: O que se lê na periferia de São Paulo?Marta Nose, coordenadora do Ônibus-BibliotecaMarta Martins, editora da Cuca Fresca e oficineira do Ônibus-BibliotecaFrancisca do Val, oficineiro do Ônibus-Biblioteca, CACÁ LOPES -Cantor / Cordelista e oficineiro do Ônibus-BibliotecaCaetano Melo, oficineiro do Ônibus-Biblioteca

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

3º ENCONTRO DA CARAVANA DO CORDEL

"É o mundo do Cordel para todo mundo!” A Caravana do Cordel, movimento criado por poetas populares nordestinos radicados em São Paulo, chega ao terceiro encontro prestando uma homenagem a um dos mais importantes cordelistas do Brasil. Antônio Teodoro dos Santos (1916-1981) foi o grande responsável pela consolidação da literatura de cordel em São Paulo, desde que publicou seu primeiro folheto pela editora Prelúdio (hoje Luzeiro) no início da década de 1950. É, com certeza, um dos campeões de vendas em todos os tempos, e o principal responsável pela consolidação de um parque editorial voltado para o cordel no Sudeste do Brasil. A homenagem, portanto, é mais do que merecida. No encontro, estará presente a filha do poeta, Maria Lúcia dos Santos, além de outros familiares e admiradores.
Na ocasião, serão lançados mais três cordéis, todos publicados pela editora Luzeiro: Encontro de Rui Barbosa com Castro Alves (de Antônio Teodoro); Homossexualidade: História e Luta (de Nando Poeta e Varneci Nascimento) e O Bandido da Luz vermelha (de Zé do Norte).
Presenças confirmadas de João Gomes de Sá, Varneci Nascimento, Cacá Lopes, Cleusa Santo, Benedita Delazari Nando Poeta, Costa Senna, Pedro Monteiro, Marco Haurélio e outros nomes da poesia popular escrita e cantada. Haverá, ainda, exposições de capas de folhetos e venda de CDs e cordéis de vários autores, estilos e épocas.

CINE CLUBISTA
RUA AUGUSTA – 1239
CENTRO – (METRÔ CONSOLAÇÃO)
05/09/2009 (SÁBADO) ÀS 19:00 h.
ENTRADA FRANCA